Olá, pessoal.
Hoje eu gostaria de mostrar-lhes um poema que eu vinha procurando há muitos anos e finalmente tive a oportunidade de encontrar durante uma busca na internet.
Não gosto de ficar explicando muito os textos que posto aqui para não estragar o prazer de vossa leitura com minhas interpretações. Basta saber que este poema foi escrito por dois dos maiores poetas franceses, Paul Verlaine e Arthur Rimbaud. Deleitem-se.
Soneto do Olho do Cú
Obscuro e franzido como um cravo roxo,
Humilde ele respira escondido na espuma,
Úmido ainda do amor que pelas curvas suaves
Dos glúteos brancos desce à orla de sua auréola.
Uns filamentos como lágrimas de leite,
Choraram ao vento inclemente que os expulsa,
Passando por calhaus de uma argila vermelha,
Para escorrer por fim ao longo das encostas.
Muita vez minha boca uniu-se a esta ventosa,
Sem poder ter o coito material, minha alma
Fez dele um lacrimário, um ninho de soluços.
Ele é a tonta azeitona, a flauta carinhosa,
Tubo por onde desce a divina pralina,
Canaã feminino que eclode na umidade.
Hello, all.
Today I'd like to show you a poem that I had been trying to find for a long time. Finally I found it surfing the internet.
I don't like to explain too much the writings posted here because I try not to spoil your reading pleasure with my interpretations. Enough to know is that this poem was composed by two of the greatest french poets, Paul Verlaine and Arthur Rimbaud. Delight yourselves.
Sonnet of the Asshole
Dark and wrinkled like a purple pink
It breathes, nestling humbly among the still-damp
Froth of love that follows the gentle slope
Of the white buttocks to its crater's edge.
Filaments like tears of milk
Have wept in the cruel wind which pushes them back,
Across little clots of reddish marl
To lose themselves where the slope called them.
My dream has often kissed its opening;
My soul, jealous of physical coitus,
Has made this its fawn-coloured tear-bottle and its nest of sobs.
It is the rapturous olive and the wheedling flute,
The tube from which the heavenly burnt almond falls:
Feminine Canaan enclosed among moistures.
Abraços/Hugs
Nerone
4 comments:
Que coisa, não! Tão explícito... Eles eram muito doidos, no bom sentido. Obrigado por compartilhar.
Seu desenho até me deu vontade de sentar num macho. Abração!
Oi Cheiro de Macho. Acho esse poema um espanto (no bom sentido). Eu nao podia me furtar a postá-lo aqui.
Abraços
OLÁ...FELIZ NATAL..RSRSRS...DE QUEM É ESSE SONETO??? UM BJU!!!!FELICIDADE SEMPRE!!!
Feliz Natal pra vc tb, Lanccelote.
Talvez eu nao tenha deixado claro, mas os autores estão lá: Paul Verlaine e Arthur Rimbaud
Abraços
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